16/02/2011
Anatel continuaria fiscalizando os aspectos técnicos e outra agência seria criada para cuidar da observação dos demais artigos da Constituição Federal referentes a comunicação.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse em entrevista ao vivo nesta terça-feira (15), via web, direto do Sindicato dos Bancários de São Paulo, respondendo a internautas e participantes, que a proposta mais provável é que se tenha duas agências na área de comunicação. Segundo Bernardo, a Anatel continuaria com a tarefa de fiscalizar os aspectos técnicos e outra agência seria criada para cuidar da observação dos demais artigos da Constituição Federal referentes à comunicação. Chamou a atenção para aspectos importantes que necessitam de regulação, como manifestações de cunho racista, exposição de menores em situação de risco e percentual de conteúdo regional nas televisões nacionais.
Bernardo afirmou que este é um tema muito importante e deve ser conduzido com moderação e muito debate, inclusive dentro do governo. O
ministro destacou que já conversou sobre o projeto com a ministra Helena Chagas, da Comunicação Social, e Ana de Hollanda, da Cultura, e fará consulta aos demais ministros e assim que se obtiver uma proposta de consenso será levada à presidenta Dilma e, depois de submetida a consulta pública, então encaminhada ao Congresso.
Bernardo esclareceu que este é o caminho para se obter "ressonância na sociedade" para o projeto, ou se corre o risco de chegar ao Congresso
e lá ficar por mais de 15 anos sem que seja votado.
BANDA LARGA
Sobre o Programa Nacional de Banda Larga, Bernardo ressaltou que o Brasil tem que "apostar forte em infraestrutura para ampliar a internet" e isso é "absolutamente necessário" para desenvolver ainda mais outras áreas de governo, como a saúde, a educação e até a produtividade no trabalho. Segundo o ministro, todas essas áreas podem melhorar com o uso da tecnologia e o maior acesso à internet veloz.
O ministro das Comunicações destacou que o governo quer como parceiros os pequenos provedores e as lan houses e esclareceu que a Telebrás vai
oferecer este serviço no atacado para este segmento. Afirmou que está em estudo, inclusive, criação de oportunidades de qualificação e financiamento para ampliar o serviço de internet e aumentar a competição, se for necessário.
Os planos iniciais do Governo Federal para a ampliação do serviço de banda larga são oferecer a internet com velocidade na faixa de 512kbps a um preço entre R$ 30 a R$ 35. Segundo o ministro, por enquanto é o que "podemos oferecer, mas vamos trabalhar para no futuro podermos
oferecer um programa para velocidade maior". De acordo com dados apresentados pelo ministro, cerca de 34% dos usuários de internet usam velocidade de até 256kbps e 20% entre 256kbps e 1mbps. Apenas 1% da população usa velocidade acima de 8mbps.
Segundo Bernardo, o Programa Nacional de Banda Larga deverá estar definido até maio deste ano.
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